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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2008

Constantino - Alves Redol

Alves Redol cheira-me a Tejo, a lezíria, a touros bravos e tradição.Cheira-me a casa, traz-me a saudade do campo batido e sofrido dos grandes senhores. Alves Redol traz-me o meu Ribatejo! Conheci este escritor por prática de leitura já muito tardiamente, mas não mais o esqueci. É a minha casa que vejo descrita, as histórias que o meu avô recordava que vejo retratadas. Li "Constantino", um pequeno livro que retrata a infância antiga ribateja, com o gosto pelos toiros, pela vida solta do campo, mas com obrigações reais, com os meninos homens que não choram. Contantino é fruto da época. Menino travesso que ajuda na lida do campo, vive com os pais e uma avó que o ajuda a criar, mas que lhe incute muita responsabilidade. Recorda-nos as travessuras, os sonhos de descer o Tejo, as cosuvilheiras que lavavam a roupa no rio, a vergonha de não passar o exame da terceira classe... "É uma sonho vivo e maravilhoso! - Vamos armar aos pássaros? - pergunta-lhe o Manuel Coelho, que não go

Entrevista - Camilo Castelo Branco

O vídeo acima representa o trabalho de um grupo de alunos sobre Camilo Castelo Branco, sobejamente conhecido pela obra obrigatória na escola "Amor de Perdição". O que muitos não sabem é que este Sr. fartou-se de escrever, quanto mais não seja porque foi o primeiro escritor a viver do ofício e tinha mulher e filhos para sustentar. Li esta há pouco "Mistérios de Lisboa III", que anda se consegue encontrar nas livrarias, mas não esperem ter a mesma sorte com outros títulos do autor. Podem até dizer que ele escrevia muito e que era uma "Margarida Rebelo Pinto" dos tempos idos, mas o que é certo é que me consegue prender da primeira à última página. A brincar aos sentimentos, a roçar o rídiculo, a cultivar a sociedade mediocre e fatalista. Eu gosto! Comecem pelo primeiro e sigam até ao terceiro. Verão que não se arrependem. Apimento-vos: "- Conta com a lealdade de seu marido... e não pode recear que as estrangeiras infelizes lhe questionem a posse... A duq

Olho

Olhar no espelho e descobrir: o tempo, a têmpera, a marca, a máscara, o mesmo, o outro.

Papillon Trailer

Acabei há pouco de ler o Papillon. Foi o meu pai que me ofereceu, pois há muito tempo que me falava dele. Leu-o numa noite. Eu demorei um pouco mais, cerca de 2 semanas, mas lê-se muito bem e existem, de facto, alturas em que não se consegue parar. Enfim... gostei. Fala da história de um prisioneiro inocente e da sua condenação que não quer cumprir. Demonstra o preço que estamos dispostos a pagar pela liberdade, pela sobrevivência.. Aconselho a sua leitura e não se deixem desencorajar pelas muitas páginas do livro. Para mim, a melhor parte é aquela em que ele permance com a tribo de indios. Gostava que o autor tivesse vivido o suficiente para nos contar o depois da liberdade. Será que conheceu os seus indiozinhos? Como conheceu a mulher com quem casou? Como se inseriu em sociedade? Leiam!

A infância perdida (última parte)

Victor é um dos dois mil alunos portugueses abrangidos pelo PIEF. "A bolsa que nós damos tem como objectivo que os encarregados de educação deixem de ter despesas adicionais com os filhos, no seu regresso à escola", explica Fernando Coelho, coordenador da zona Norte do PEETI, o Plano para a Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil. "Queremos motivá-los a sair de empregos precários e aliciá-los a fazer a escolaridade mínima obrigatória para terem um futuro melhor" . Os alunos integrados no programa passam a ser acompanhados, de perto, por uma equipa de monitores, psicólogos e assistentes sociais. "Os casos de insucesso são muito reduzidos, felizmente", diz Fernando Coelho. As gémeas Lisandra e Ana, de 17 anos, são o caso emblemático de sucesso deste programa de combate ao abandono escolar. Prestes a terminar o 9º ano, na Escola Secundária Santos Simões, em Guimarães, as irmãs de Santo Tirso em breve irão começar um curso de formação. Uma como cabelei