Vêmo-los crescer de mansinho. Achamos que sabemos tudo sobre eles. São tão verdes! Queremos poupá-los às agruras da vida. Se ela puder ser um bocadinho melhor com eles! Mas há sempre aqueles dias em que está sempre a chover. Porque sangramos baixinho na melodia arrepiante da vida crescida. Desiludimo-nos, abençoamo-nos com o pecado de sonhar para sempre...até que...ups! Caiu. Acabou o teatro. Estou 5 cm mais alto mas lamento suplicante o socorro da compreensão.
Faz parte da vida, do tempo, da época...fracas respostas para tantas perguntas, dúvidas, catástrofes que queremos e sentimos a nossa diferença. Está sempre a chover dentro de mim.
A chuva que me molha a cara e encobre o meu Sol solitário de palavras. Porque sou e não sei se quero ser diferente mas manter-me igual.
Amparamos-lhe a queda, ficamos solidários. Eu vi-o crecer, aqueles 5 cm, com medo, receio que ele fosse sempre um igual não pensante. Sente, magoa-se o ser humano que amo mesmo nos dias em que está sempre a chover e o mundo me odeia.
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