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Após o direito ao voto...

Apesar de toda a luta pela emncipação feminina e do facto das mulheres serem a maioria do eleitorado mundial, ainda são poucas as mulheres em altas posições políticas administrativas nos seus países. Existem muitas razões para isso: a posição da família, pouca remuneração financeira e responsabilidades domésticas têm limitado o tempo que a mulher poderia dedicar à vida pública. Acrescente a isso o facto de que culturalmente falando, existe o credo de ser o lar, o domínio da mulher e com isso muitas dificuldades surgem para aquelas mulheres que são candidatas. Porém muitas mulheres têm tido mais oportunidades em níveis mais elevados de educação e maiores oportunidades de emprego, além disso o impacto dos movimentos feministas e representações políticas em vários níveis de governo tem progredido.
Em 1960, Sirimavo Bandaranaike do Sri Lanka tornou-se a primeira mulher líder de uma nação. Margaret Thatcher de Inglaterra em 1979 tornou-se a primeira mulher primeira-ministra de uma nação europeia. De uma maneira geral e mundial, as mulheres eleitas não atribuem as suas vitórias ao eleitorado feminino, por isso, infelizmente, elas não se sentem obrigadas a responderem aos interesses da mulher na sua região ou país.

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