Que diferenças e semelhanças encontra, relativamente ao catálogo actual?
São muito grandes. Numa primeira parte dominou o teatro e a ensaística, a ficção veio muito mais tarde. Houve uma fase em que éramos uma editora eminentemente orientada para o ensaio, em diferentes colecções e com diferentes autores. A entrada na ficção dá-se no início dos anos 80, essencialmente, porque as editoras também evoluem numa relação entre os editores e o seu meio cultural. As mudanças que se vão verificando na programação editorial são mudanças que estão também relacionadas com a ligação entre o editor e a sua realidade cultural.
Hoje têm um catálogo extremamente variado. Há algum género que gostasse de apostar mais fortemente?
Dificilmente poderei falar numa preferência por géneros, iria mais por temáticas. Estamos numa época de grandes mudanças, como a emergência de países que vão ter um papel importante no mundo. Pode dizer-se que é previsível uma mudança no xadrez político. Estamos também a assistir a mudanças na área da comunicação e na própria relação com o Conhecimento. Por exemplo, publicámos recentemente "O Século Chinês", ou um outro, "Freaknomics", que está a ter bastante sucesso, sobre o tratamento da Economia sem ser sobre um ponto de vista meramente teórico...
Enquanto editor olho para esta importante relação do mundo com o livro e vice-versa, ou seja, o livro é um veículo que anuncia, participa e intervém nas mudanças da sociedade. Assumir a edição nessa perspectiva tantopode ser feito através de livros de informação e ensaio, como inclusive, de livros de História, repensar a própria história contemporânea. Isto, naturalmente, sem prejuízo para a ficção, que também acompanha este tipo de mudanças.
in Os Meus Livros
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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