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A vidinha


A vidinha de todos os dias deveria ser real, carregadade honestidade cruel de verdade incorrompínvel. Devia ser como é, sem artifícios que nos façam descansar no mundo do fantástico... porque o fantástico é coisas de sonhadores e nós não podemos sonhar! Acomodamo-nos assim ao quotidiano que queremos real ainda que não seja feliz. Carregamo-nos de aleivosias que não sinceras vistas tendem a encher de vigilância atenta pelo passo do próximo. Jogo de inteligentes, dizem eles... cansativo, por certo, mas lucrativo, muito lucrativo, para alguns. Enchemos então a mala de imitações que julgamos clarificar através de jogos mentais pouco precisos e levamos para casa a semente do que não é. Sonhamos à noite e fingimos de dia! Tristeza a minha que nunca encontro a realidade! E vamos assim nesta realidade pouco definida sem cálculo definido em que aplaudimos a subjectividade da honestidade à minha medida, que é sempre diferente de onde estou e com quem estou.

Viver tão pouco e mesmo assim fingir viver!!! Louca a vida de um descrente ilusionista de aleive que não acredita.

E assim vamos andando, é a vidinha! Uns mais conformados, outros menos inteligentes, que a vida não está para modas, vamos como Deus manda, que o gajo ainda não percebeu que quem manda é o Sócrates. Engenheiro da treta, pois então! Tem de ser, e o que tem de ser tem muita força. Vá lá ver então, para a frente é que é Lisboa e esses discursos estranhos é conversa de quem não tem o que fazer.

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