Quando eu era ainda mais novo do que sou hoje, embirrava com os jovens. Mas, à medida que vou envelhecendo, tenho reparado que quem mais odeio no fundo são as crianças. No meu tempo, eram os jovens que estavam na moda. Não se falava muito das crianças e não se deixava que elas falassem muito. Entretanto, porém, a idade desejável - de estrelas de cinema, desportistas ou reles familiares - desceu a pico. Quando eu tinha 14 anos, por exemplo, a idade mais desejável para uma mulher eram os 41 anos de Claudia Cardinale, da Anne Bancroft de "A Primeira Noite" ou, enfim, seguindo os cânones freudianos da época, qualquer sabidona da idade das nossas mães, mas mais giras e independentes.
Miguel Esteves Cardoso in Única
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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