A minha mais recente leitura foi uma releitura. Eu não costumo gostar de policiais, mas este voltou a deliciar-me. É, sem dúvida, uma intriga fascinante que se desenrola através de cartas publicadas num jornal em 1870, de vários remetentes, que vão desenrolando um crime. Um estrangeiro veio morrer a Portugal! Porquê? Quem o matou? Quais os motivos da sua morte? E o amor! Ai o amor! Para quem gosta de policiais e romance, aconselho. Lê-se rapidamente e satisfaz duas vezes. A minha edição faz parte dos livros de bolso da Europa-América e tem 180 páginas. A letra é miudinha, por isso convém ser acompanhada de muita luz! Ah, o autor todos sabemos, Eça de Queirós. "Quis ir ao Aterro. A tarde caía. A água tinha uma imobilidade luminosa. Do outro lado os montes estavam esbatidos num vapor azulado e suave. Sobre o mar haviam nuvens inflamadas, de uma cor fulva, como no fundo de uma glória. Algumas velas passavam rosadas, tocadas da luz."