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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2007

Bem essencial...

Há coisas que não são físicas que fazem essencialmente parte da nossa busca em que permanece próximo do alcançável: ser feliz! Sim, blá, blá,blá, há muito sofrimento, meio mundo a fazer-se de coitadinho, e pois e tal, só queria um bocadinho assim; a verdade é que precisamos de pensar que podemos ser felizes e para isso há que lhe sentir o cheiro, saber que é sabor momentâneo, sofrer para a reconhecer em extâse fuigidio de pouca demora. Velhaca, a felicidade! Pede-nos sempre mais, enfim, funciona como o nosso protoplasma! É requisito essencial na vida de mutante, de stress e desgraçadinhos em que nos envolvemos. Quero mais disso, daquela que ainda demora uns dias até que me apreceba que a moca passou, quero daquela que não fica convencida com bens materiais, daquela que me engana e que só quando se vai embora eu sei que cá esteve. Como sempre digo, adoro ter razão, é de hábito tê-la por antecipação, mas não é ela que me traz felicidade, são os meus sonhos guias, o meu castelo fechado, e

D. José (última parte)

O modo como neste período foram reprimidas todas as revoltas e conjuras, desde a greve dos camponeses do Alentejo, em 1756, ao processo dos Távoras, constituiu a outra face da moeda. Sobre este caso, que fez correr rios de tinta, o historiador Veríssimo Serrão apontou um dedo severo a D. José, a quem " coube a única e excusiva responsabilidade da execução" da familia, como o autor escreve na sua História de Portugal . Contudo, ninguém nega que, a pretexto da tentativa de suicídio de 3 de Setembro de 1758, foram supliciados membros da nobreza desfavoráveis a Pombal e à forma como o poder era gerido na Corte. D. José viria a falecer, na Ajuda, a 24 de Novembro de 1777. Nair Alexandra in Única

D.josé (continuação - parte 1)

Os factos são conhecidos: logo no dia 1, o Governo reuniu-se e foram tomadas as primeiras medidas de urgência perante a catástrofe. Pouco depois seria a saga da reconstrução da cidade - é a partir do terramoto que brilha o ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal. E até hoje, o grande debate entre os historiadores tem sido acerca do grau de influência do ministro no próprio rei - teria sido este manietado por Carvalho e Melo? A tendência é achar que não. Embora tímido, D.josé cedo terá mostrado a determinação a conduzir as rédeas do poder. Com uma educação cuidada - dominava o italiano, francês e espanhol -, o monarca que incarnou o Despotismo Iluminado procedeu a uma série de reformas importantes, desde o fim da distinção entre "cristãos-velhos" e "cristão-novos", com a quase falência da Inquisição, até à criação da Companhia das Vinhas do Alto Douro em 1756 - é a mais antiga região demarcada do mundo. Nair Alexandra in Única

D. José

Parecia que o novo reinado ia começar sob uma sina má: a 8 de agosto de 1950, em Lisboa evocava-se o falecido D. João V. Seria o filho primogénito, D. José (nascido a 6 de Julho de 1914) a subir ao trono. A 10, grandes da nação cumprimentavam o novo soberano, só que, nesse mesmo dia, um incêndio deflagrou no Hospital de Todos-os-Santos, e ainda fez estragos nas casas da vizinha Betesga. Os doentes foram salvos por populares e padres de conventos próximos. Enfim, contra os vaticínios, lá seria o novo rei aclamado a 7 de Setembro, no Paço da Ribeira. A desgraça maior no seu reinado seria, claro, a da factídica manhã de 1 de Novembro de 1755, quando as forças da natureza se conjugaram para destruir Lisboa e uma parte do país. D. José encontrava-se no "campo real" de Belém (origem da actual sede da Presidência da República). O seu palácio (no Terreiro do Paço), com o precioso recheio, foi completamente destruído pelo megassismo e o incêndio que se lhe seguiu. Apavorado, o soberan

Dia de S. Martinho

Bem, nunca soube muito bem para que servia este dia. Associo-o sempre à feira do cavalo na Golegã. Em que a ágape é bem regada e os cavalinhos são esgotados em galanteios tolos de pequenos burgueses impacientes na sua mostra. Pelos vistos, é um santo, uma desculpa para comer castanhas com geropiga e água-pé. Para mim é dia de descanso que as cavalgadas são feitas durante a semana. Seja como for, a todos um bom dia de S. Martinho!

Trazei as crianças que eu já lhes digo (ultima parte)

Talvez assim, desnorteadas e conduzidas ao exercício retemperador da gratidão pelo que lhe é dado, as crianças possam ser novamente reintegradas na sociedade adulta, sem piarem muito. Quem sabe? O homem bem sonha; sonha até se fartar (e a mulher também, tratando-se embora de sonhos muito diferentes) mas a obra, está quieto, não é como as crianças e não nasce. É triste, pois claro, mas é mesmo assim. Miguel Esteves Cardoso in Única Já agora!

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 6)

Se as crianças seguem o rumo dos novos casamentos do "pai" ou da "mãe" originais, é questão a discutir. Talvez o melhor fosse seguir sempre o casamento mais recente, que costuma ser o mais feliz. Mas, para o caso de se dar importância à estabilidade, poderiam seguir quem se casasse primeiro. O fundamental é serem obrigados a esquecer os pais anteriores - ou, quando muito, a terem deles uma péssima ideia, do género que hoje dedicam aos injustamente vilipendiados padrastos embriagados e às quantas vezes esplêndidas madrastas más. Miguel Esteves Cardoso in Única

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 6)

Se o pai ou a mãe casarem outra vez, as crianças poderão alegremente voltar à vida familiar - mas terão forçosamente de aceitar a nova esposa do pai como única e verdadeira mãe ou, no caso de ser a mãe a casar primeiro, o novo esposo da mãe como o único e verdadeiro pai. A mãe antiga e o pai antigo serão simplesmente proscritos, não se permitindo sequer considerar aleivosias como o conceito de pai "biológico". E quanto a acumular avós, sogros, noras, genros e outras paelopreciosidades, nem pensar. Sim, porque a vida só por si já não é nenhum piquenique, para não termos também de tentar estender a manta sobre esse gigantesco ninho de vespas. Quando chegar o tempo dos pais destes, por sua vez, se separarem, a criançada volta toda, sem excepção - irmamente - para o orfanato. Não há cá filhos do primeiro, segundo, terceiro ou nenhum casamento: são todos irmãos e orfãos infelizes até ao próximo casamento. Miguel Esteves Cardoso in Única Ai Jesus! Andava para aí muito infeliz!!! Ma