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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2010

Tratados abaixo de cão

Que o nosso governo há muito que vê a educação com uma visão economicista e estatistica eu já tinha dado conta, mas não consigo deixar de me indignar com as situações que vivencio todos os dias. Estou colocada numa escola onde impera a lei do abandono e do esquecimento. Os professores da minha escola leccionam vários níveis de ensino, inclusivê aqueles para os quais não estão habilitados, vigiam intervalos porque não há auxiliares de acção educativa suficientes e o inédito aconteceu hoje... As duas auxiliares educativas, uma para o ensino nocturno, outra para o diurno encontram-se ausentes por motivos devidamente justificados, mas a escola funcionou, os alunos não puderam tomar o pequeno-almoço de manhã, não vão poder fazê-lo à tarde, ninguém pode assegurar a segurança das nossas crianças nos intervalos, nem a vigilância dos corredores em tempo de aulas pois não existem meios humanos para o fazer. Estamos a falar de crianças e jovens desde o 1º ciclo ao ensino secundário recorrente. A

O que eu sou e o que me fazem

Sou...uma nave espacial que aterra nos sitios mais inóspitos e os torna seus, sou alguém com a força do destino deu mais sentido à palavra sobreviver, sou a lua que olha o seu transporte, sou o que está lá em baixo, mas vê sempre de cima, sou a integração, sou a comiseração, sou uma estrangeira de sempre nas ruas estreitas da vida e nas travessas escondidas da alma... Quem eu sou? Nem às paredes confesso, mas continuo a achar que sou uma desadequada aplicada em permanecer lá em cima sem perder o sonho da viagem... sou portuguesa, sou ribatejana, sou o que sou! Pronta a partir, mas sempre com o sonho de chegar!

A árvore das flores...

Todos os dias sinto na pele a dor de estar longe, aprendi a viver com ela desde muito cedo... sempre estive longe de alguém... sempre a tive a dor de não ter. Quando chego quero ir, quando vou, vou porque tem de ser. Todos os anos as mesmas transformações, as mesmas jogadas gastas de conhecer o novo já velho... mas os meus meninos são as minhas flores, tímidas, pequeninas e crescem ao longo do ano... fico a conhecer cada um comigo mesma e depois... depois tenho de as deixar florir e cair em novos ramos que não serão os meus. Todos os anos juro voltar... este ano não quero prometer e peço-lhe que sejam as minhas pequenas flores a seguir os meus ramos, porque a minha árvore tem raízes fortes que se enraizam e vão onde querem descomandadas pelas leis da vida! Triste, sempre com a minha dor, diferente da que sinto em cada final de ano, mas sempre perda de raíz, cansada e desolada pelas leis que não comando e que me dirigem sempre, em cada ano, em cada perda, grande ou pequena, em cada revi

O que eu consigo imaginar numa reunião exaustiva

Por muito colaborante que tente ser, confesso que o excesso de formação adicional me deixa exaurida! Ainda pior quando estou com o TPM e parece que tudo me acontece, então imagino o sítio repleto de coisas boas e menos boas consoante a direcção do discurso. Em sentido figurativo eu sou um ponto, qualquer um, que alimenta coisas boas e más mas com o sentido de posse... como se o mundo fosse meu, mas eu só quisesse fugir dele... Eu sei... não está a fazer muito sentido... é como está a minha cabeça da informação que consegui reter da dispendiosa reunião!

O que fazemos...

quando o nosso pai insiste em arranjar-nos madrastas novas?

Isolados

Ainda que a internet e a rede de comunicações móveis nos impeçam de nos ostracizar do resto do mundo... não trazem os cheiros, nem os sons dos sorrisos silenciosos e abrem espaço para o forçado e desconfiado destino escolhido. Isolados... queremos desistir e pensar que está tudo bem assim, só porque sim, porque temos de chegar ao outro lado da meta sobrevivendo... nem que seja com um... "pode ser". Desta vez vamos acreditar e sonhar que os cheiros e o toque nos tocam profundamente no fundo do nosso subconsciente. Só por acaso, preciso que acredites nisto também, ok?

Menina grande

Hoje sinto-me uma menina grande, menina porque a nível emocional não tenho a mesma força que tenho nas restantes áreas da minha vida e porque os abalos não têm sido fáceis, como em qualquer ser humano. Encaro a mudança com relativa facilidade... mas desgasta, desarma, seca a força dos sentimentos autênticos. Às vezes sinto-me grande com alma de criança, com problemas de adolescente e dilemas de comum humano em que a escolha lhe é familiar, mas não permitida. Preciso bases, sempre precisei de uma grande base que me dê estabilidade e à mínima insegurança fujo e escondo-me na minha fortaleza. Não é normal... mas hoje sinto-me em pele de adulto com alma de criança... como a mulher que afinal desempenha um papel duro em algumas alturas da vida... Ei...mas vou sobreviver! Já agora... não é o Dia da Mulher... mas parabéns a todas as fortalezas que todos os anos abarcam a aventura da mudança pela profissão e guardam os sonhos na arca já velha e gasta da adolescência.