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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2013
  Quando me escondo não uso óculos de sol, uso-me. Protetora, detesto injustiças e não reajo a pressões, mas não me escondo em óculos de sol, mas sim com uma nuvem protetora em que deixo de existir, de lembrar, de sentir de tão evidente. Não sou efusiva, não sou alegre, não sou otimista, mas não sou uns óculos de sol, não reflito o que me fazem, reajo passivamente no silêncio escuro do impenetrável. Detesto pessoas que não enfrentam, que se escondem, que se entorpecem do que pensam esconder-se em gestos denunciantes de bolor, de fraquezas latentes, de deformações inconscientes, de defeitos não polidos. Mas não escondo o olhar que pode ser a capa que eu quizer com uns óculos de sol, porque esses... ora, esses ofuscam o sol, a claridade de pensamento, a dureza da realidade amarga da análise esmiuçada.

Reconhecem?

Estranho

E depois de dois anos numa escola em que só se é bom se estivermos de acordo (sempre) com o CE, eis que me parece tão estranho que me digam "Gostei muito da sua aula!"

Inês de Portugal

"Inês de Portugal", de João de Aguiar é a minha recente leitura. Já tinha visto o filme e, de facto, não precisava de ter lido o livro, pois o filme é fidelíssimo ao que é narrado na obra. Trata-.se de uma perspetiva diferente acerca dos amores de D. Pedro e Inês, pois o livro começa depois da morte desta última. Aqui conhecemos um rei possesso e torturado pelo amor que não concretizou e que desenvolve uma estranha obsessão por fazer justiça, precisamente por se achar vítima de falta dela. D. Inês é também abordada de uma forma mais racional do que o que estamos habituados nas leituras sobre o assunto, em que toda a ambição social pertence a seus irmãos. Desta feita, ela é também tentada na cobiça. É um livro acessível aos mais jovens, sem demasiados pormenores e com polémica suficiente para se tornar interessante. Contudo, é necessário possuir alguns conhecimentos históricos para percebê-lo na totalidade. O autor colocou, anda, no final do livro algumas informações pe

A feira dos assombrados

Terminei a leitura da "Feira dos Assombrados", de José Eduardo Agualusa. É um livro da LeYa e faz parte das obras recomendadas no PNL, se não estou em erro. É bastante acessível e fácil de ler. Por se tratar de um escritor português, na variedade africana, existem alguns vocábulos muito característicos do seu país, Angola. Penso ser bastante apropriado para os alunos (e são muitos) que se assustam com o número de páginas do livro, pois tem somente 142 e a folha é em A5. É interessante perceber uma nova cultura com diferentes credos e formas de vida. Apenas penso que existem contos que necessitavam de ser mais desenvolvidos, pois quando estamos a entrar no enredo, já terminou, ficando alguns pormenores por esclarecer. "«Agora julgo que vivo», respondeu-lhe Albérico Santoni. «Mas a acreditar no que o povo diz, esteve morto durante muitos anos.»"

Ano novo

Ano novo, mas com esperanças destruídas, caminhos vedados, sonhos cansados, esperanças perdidas... Diferent side, same story!