Depois de ter lido há relativamente pouco tempo o Inocência Perdida e os Bebés de Auschwitz estava a precisar de algo mais suave, mas como o livro foi emprestado por uma colega resolvi dedicar-me a esta leitura. Fiquei mais uma vez surpreendida pelo meu desconhecimento do mundo e dos humanos. Quem viveu uma Segunda Guerra Mundial, este mundo devia ter mais juízo. Uma coisa é, esporadicamente, ouvirmos umas notícias acerca da Coreia do Norte e acharmos que são todos loucos; outra coisa é lermos este relato na 1.ª pessoa e pensar "Que sorte que eu tenho de ter nascido em Portugal!" O livro espantou-me pela amplitude que tem. A descrição da vida na Coreia do Norte é atroz e confesso que inicialmente achei que era um pouco fantasiosa. É um livro biográfico. A autora, mulher de força, descreve com uma simplicidade de quem viveu as inúmeras carências de uma infância e adolescência perdidas, e arrasta-nos para uma espiral de sofrimento e ... pasmem-se: esperança. Ela nasce...