Outra leitura realizada. Esta mais ao meu gosto, histórias verídicas. Violento, brutal, angustiante. Este livro é autobiográfico e só por isso arrepia. A que ponto vai a maldade humana? A que ponto o que vivemos se reflete ao longo do nosso destino? Anya, criança, infeliz, mal-amada, sacrificada, corajosa. Não sei porque ordem ordenar as palavras e qual delas a mais importante no seu percurso. Anya foi uma criança nada desejada, que descobriu o amor nas migalhas do caminho. Rodeada de adultos egoístas, cresceu no terror de perder o amor de uma mãe que não era a sua, na violência de um "tio" manipulador e animalesco, na profundeza pouco clara de ser odiada pelos seus "irmãos". O relato das atrocidades que sofreu são de arrepiar e despertaram em mim o meu lado assassino de justiça popular. Anya, que escolhe sempre os mesmos caminhos por falta de opção, de pertença, de amor... de ter sido sempre o sinónimo egoísta do ato de benevolência de alguém. Terias sido...