Há alguns anos era prática corrente fazer-se das versões inglesa ou francesa, hoje há uma série de editoras que opta pela tradução da língua original. A Antígona acompanha essa tendência?
Sim, no início também fazíamos traduções de outras traduções mas essa pr´tica foi abandonada. Apesar de tudo, acho que ainda há muitas limitações em Portugal, se quisermos uma boa tradução de determinadas línguas, como o chinês ou as línguas eslavas, ainda é complicado encontrar tradutores. Mas, as coisas estão a evoluir, as universidades estão tanbém a criar departamentos de tradução.
Tendo em conta a forma como a informação circula hoje, qual é o papel do livro?
O livro pode formar ou deformar. Dizia alguém que o livro é o meio de comunicação mais forte entre os homens, o livro leva sempre uma mensagem. Pode ser positiva ou negativa, libertadora ou opressora, no entanto, eu penso que a Humanidade evoluiu com os livros, foram os livros que humanizaram o mundo.
Diz George Steiner que "sem Antígona a Humanidade não estaria onde está, é uma personagem que encarna todas as forças do homem, as forças livres e as forças obscuras, procura superar a tirania e as forças do Mal". Ele refere-se à Antígona de Sófocles, naturalmente, àquilo que ela simboliza e à forma como através dos tempos essa mensagem tem sido realizada em muitos sectores da sociedade.
Era importante explicar o que significa Antígona...
Antígona significa, antes de mais, a desobediência aos poderes do Estado. Depois, uma atitude amorosa, quando decide desobedecer às leis do Rei Creonte para fazer o funeral do seu irmão. Abre um precedente histórico que, felizmente, tem sido, através dos tempos, utilizado. É uma personagem fascinate porque se ela ainda contém as forças do Bem e do Mal a verdade é que eu tenho esperança de que a Humanidade evolua no sentido de uma Antígona libertadora, isto é, que a sua força constitua a superação da opressão no mundo, da exploração, da doença,da miséria, da trafulhice, desta mentira que vivemos.
in Os Meus Livros, Maio de 2006
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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