E, se o talento não se aprende, as técnicas e o desenvolvimento de um método de escrita constituem a essência do livro de Sonia Belloto, que dedica várias páginas à estrutura do texto, à caracterização das personagens e à importância dos diálogos na boa construção de uma história.
Aqui, uma espécie de leitor-modelo é o centro do mundo e é em função dele que se apresentam recursos estilísticos e estratégias narrativas através de exemplos concretos. Os erros frequentes e os lugares-comuns são também apresentados, de modo a que se possam confrontar com formas eficazes de atingir objectivos específicos traçados inicialmente. O leitor é convidado a reparar em pormenores de livros como "O Nome da Rosa" ou "Alice no País das Maravilhas", com o desígnio de decifrar mecanismos mais eficazes para a comunicação de cada ideia ou sensação. Frases curatas, simplicidade, surpresa e boa utilização das figuras de estilo são as regras mais apontadas.
Curiosamente, os últimos cinco capítulos do livro de Belloto são dedicados à produção, ao mundo editorial e ao mercado do livro e edição, cumprindo-se assim a segunda parte do título, aquela que remete para a tão ansiada publicação.
Nesta parte final apresenta-se ao leitor o funcionamento empresarial que qualquer editora pressupõe, explicando a necessidade de vender livros que se editam e os processos que podem ajudar a garantir essa venda. Além disso, as diferentes fases de produção do livro são elencadas e a profissionalização do mercado livreiro é introduzida como tema fulcral para fazer compreender a necessidade de um método forte e de um conhecimento profundo para que a escrita possa resultar como ganha-pão. A importância desta visão abrangente é corroborada pela conversa que mantivemos com a autora.
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
Comentários