Avançar para o conteúdo principal

Há sempre tempo para ler (parte 1)

Em 1997 a OCDE lançou o "Programme for International Student Assessment" que tinha por objectivo medir os níveis de leitura e de compreensão por parte dos jovens de 15 anos. Quando sairam os resultados, verificou-se que 48% dos jovens portugueses se encontram nos níveis 1 e 2 de uma escala em que 5 é o máximo.

São estudos como este que motivaram o Governo, através do Ministério da Educação a delinear e a lanção o Plano Nacional de Leitura (PNL) cuja coordenadora, Isabel Alçada, garante ser "uma prioridade política".

O principal objectivo do PNL é incentivar a leitura entre os mais novos. Isto, porque os seus coordenadores reconhecem que à medida que se envelhece vai sendo cada vez mais difícil alterar (maus) hábitos de leitura. Os mais velhos não são ignorados, apenas terão que esperar pela segunda fase deste programa que tem uma duração prevista de 10 anos, ou seja, duas fases de 5.

O discurso não é novo, e por isso mesmo é importante saber que, neste caso, já existem programas concretos e bem pensados a apoiá-lo. Vejamos portanto, um pouco mais de perto, algumas das propostas.


Filipe d´Avillez in Os Meus Livros, Junho de 2006


Sim, sim. Afinal querem mesmo que os portugueses não façam má figura. Certo? Pois bem, para mim pormenor essencial e fundamental na prática de leitura: os pais. É verdade, até podem nem ler uma linha, mas coibam-se de ter comentários erradamente orgulhosos, do género: _ É como eu, nunca quis nada com livros.

É triste quando se diz este tipo de "informação" mesmo em frente da criancinha. Aliás, um incentivo para nem sequer fazer um esforço. E depois ainda temos aqueles que preferem gastar dinheiro num joguinho que dá pa "jogarmos os dois" e dá para muitas vezes do que um livro "que se lê uma vez e já está". Talvez seja melhor fazer também uma sensibilização junto dos pais tolos deste país!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Eu Quero Viver - Nina Lugovskaia

Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!

O tamanho

Sempre fui baixinha, o que se nota mais porque os meus namorados sempre foram altos e pelo meu tremendo complexo de inferioridade. lol O certo é que os outros acabam por achar graça e serve muitas vezes para brincadeira. As pessoas não sabem, mas também não dá jeito nenhum, especialmente porque muitas vezes não consigo ver o que me querem mostrar... a não ser que me dêm colinho! lol O que acaba por não ser uma má opção... no entanto, não há que enganar, tenho 1,60 m bem concentradinhos, cheios de personalidade... o que também causa o efeito surpresa! E depois tenho sempre a safa: "És grande, mas não és grande coisa!". Por via das dúvidas, a próxima vez que for ver um espectáculo dos meus alunos, acho melhor usar o modelito da imagem... sempre vejo qualquer coisita!

D. Sebastião e o vidente, de Deana Barroqueiro

É um calhamaço!! Conta com 629 páginas, rebuscadas, com um vocabulário erudito, muitas personagens, mas ... fascinante! Este livro, obviamente, relata a história de vida de D. Sebastião com todos os pormenores, desde a mãe que o deixou, à sua deformidade física, ao seu caráter, bravura... Assim, este pequeno rei, em tamanho e em idade, demonstrou a sua infantilidade nos rasgos de bravura. Inocente, sonhava com a guerra, mas soube antever os interesseiros que lhe apareceram pelo caminho. Existe também Miguel, um menino que nasceu no mesmo dia que ele e que o acompanha ao longo da história, mas que acaba por nunca conseguir aproximar-se o suficiente. É ele o vidente do título, mas a sua personagem acaba por não ser muito "útil", uma vez que é incapaz de mudar o rumo dos acontecimentos, limita-se a admirá-lo ao ponto de o acompanhar à morte. Quem não conhece D. Sebastião, o desejado, aquele que desapareceu em Alcácer Quibir e que regressará envolto no nevoeiro. Cá te es...