Que diferenças e semelhanças encontra, relativamente ao catálogo actual?
São muito grandes. Numa primeira parte dominou o teatro e a ensaística, a ficção veio muito mais tarde. Houve uma fase em que éramos uma editora eminentemente orientada para o ensaio, em diferentes colecções e com diferentes autores. A entrada na ficção dá-se no início dos anos 80, essencialmente, porque as editoras também evoluem numa relação entre os editores e o seu meio cultural. As mudanças que se vão verificando na programação editorial são mudanças que estão também relacionadas com a ligação entre o editor e a sua realidade cultural.
Hoje têm um catálogo extremamente variado. Há algum género que gostasse de apostar mais fortemente?
Dificilmente poderei falar numa preferência por géneros, iria mais por temáticas. Estamos numa época de grandes mudanças, como a emergência de países que vão ter um papel importante no mundo. Pode dizer-se que é previsível uma mudança no xadrez político. Estamos também a assistir a mudanças na área da comunicação e na própria relação com o Conhecimento. Por exemplo, publicámos recentemente "O Século Chinês", ou um outro, "Freaknomics", que está a ter bastante sucesso, sobre o tratamento da Economia sem ser sobre um ponto de vista meramente teórico...
Enquanto editor olho para esta importante relação do mundo com o livro e vice-versa, ou seja, o livro é um veículo que anuncia, participa e intervém nas mudanças da sociedade. Assumir a edição nessa perspectiva tantopode ser feito através de livros de informação e ensaio, como inclusive, de livros de História, repensar a própria história contemporânea. Isto, naturalmente, sem prejuízo para a ficção, que também acompanha este tipo de mudanças.
in Os Meus Livros
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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