A sua atracção pelo escritor inglês compreende-se, afinal, foram os meandros da mente humana que fascinaram ambos. A profundeza das personagens e a complexidade das histórias e preocupações de Shakespeare representavam terreno fértil, apesar de ficcional, para Freud explorar as suas teorias.
Seria surpreendente que fosse Hamlet, o mais perturbado de todos, a maior atracção sobre o psicanalista? Claro que não. No seguimento daquilo que passou a ser uma das mais citadas passagens de sempre, "Ser ou não ser?", eis que o protagonista continua: "... Dormir! Talvez sonhar./ Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão-de vir no sonho da morte/ Quando tivermos escapado ao tumulto vital/ Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão/ Que dá à desventura uma vida tão longa."
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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