Quando eu era ainda mais novo do que sou hoje, embirrava com os jovens. Mas, à medida que vou envelhecendo, tenho reparado que quem mais odeio no fundo são as crianças. No meu tempo, eram os jovens que estavam na moda. Não se falava muito das crianças e não se deixava que elas falassem muito. Entretanto, porém, a idade desejável - de estrelas de cinema, desportistas ou reles familiares - desceu a pico. Quando eu tinha 14 anos, por exemplo, a idade mais desejável para uma mulher eram os 41 anos de Claudia Cardinale, da Anne Bancroft de "A Primeira Noite" ou, enfim, seguindo os cânones freudianos da época, qualquer sabidona da idade das nossas mães, mas mais giras e independentes.
Miguel Esteves Cardoso in Única
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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