No passado dia 27 de Março morreu Stanislaw Lem, escritor e ensaísta polaco de 84 anos de idade. Revolvi as estantes à procura dos livros que tinha dele. Demoraram a aparecer os livros; encontrei os meus doze, treze, catorze anos de idade.
Apareceu "A Porta para o Verão", de Robert A. Heinlein (1907-1988), um dos títulos mais felizes que conheço para um livro ágil, caloroso e juvenil. Depois pus as mãos em "A Cidade Fantástica", memória da infância e adolescência de Ray Bradbury (1920). Enganado pelo título e a reputação do autor, lembro-me de o ter lido sempre tenso, na esperança de ver chegar uma invasão de extraterrestres. As coisas fantásticas de que falava o livro eram assim: um par de ténis novos, brigar com o irmão mais velho ou uma noite de sábado com sorvete e filme de caubóis. Depois procurei o meu favorito, o clássico checo "A Guerra das Salamandras", de Karel Capek (1890-1938), uma das melhores obras quase desconhecidas da literatura europeia.
Rui Tavares in OML
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
Comentários