Manuela também rapidamente se apercebeu da "facilidade das identidades falseadas". Preocupa-a que "os miúdos, com a sua ingenuidade, se deixem enganar e que se vejam envolvidos em situações perigosas". A professora salienta ainda que, no seu caso, todas as fotos e dados pessoais postos no hi5 "são pensados e analisados" para não haver "más interpretações". Mas os mais jovens "não pensam nas consequências por mais que digam saber os limites".

É aqui que entra o papel fundamental dos pais. "Procuro incutir-lhes responsabilidade, depois as escolhas são eles que as fazem. Até agora não me dei mal", assegura Manuela.
A atitude da professora é aplaudida pelo fundador do site MiudosSegurosNa.Net, um projecto de segurança infantil na Internet. "Os pais não devem alarmar mas sim sensibilizar", explica Tito de Morais, também ele pai de dois adolescentes utilizadores do hi5. "É preciso demonstrar curiosidade em vez de proibir. A internet está em todo o lado, na escola, nas casas dos amigos. Eles não vão deixar de a usar. Têm é de saber lidar com os perigos e estar à vontade para expor dúvidas em casa, sem o receio de uma proibição".
Paula Cosme Pinto
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