Victor voltou a ter gozo em folhear os livros da escola. Na sua turma de nove alunos, é ele quem demonstra mais jeito para as artes manuais, uma das poucas heranças positivas deixadas pelos três anos em que esteve a trabalhar no duro. Aos 14 anos foi canalizador, trolha, padeiro e pintor numa oficina de automóveis. Conheceu patrões irascíveis, ganhou salários terceiro-mundistas e viu um amigo da sua idade a ficar por puco sem um braço, depois de um acidente de trabalho com uma máquina de 15 toneladas numa serralharia. "Pela primeira vez, percebi que não era obrigado a fazer tudo depressa só para agradar ao patrão".
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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