Avançar para o conteúdo principal

Pico - dia 1



Após ter dormido 3 horas, apanhamos o barco rumo ao Pico, meia hora de viagem que não chegaram para equilibrar as contas. Foi fácil apanhar um táxi, o que não acontece nos meses de Inverno, mas como tal, os preços também inflacionaram e levaram-nos pelo percurso de São Roque à Madalena a módica quantia de 17 euros... mas enfim fomo recebidos no cais pelas alegrias alcoolicas de um bando de foliões que compensaram o meu mau humor matinal mal dormido.
Ficámos a saber que a casa onde ficaríamos alojados ainda estava ocupada e eu com tanto sono, só pensava em dormir para recuperar para o concerto da noite. Resolvemos aguentar-nos dando uma volta no carro alugado que mexe as luzes consoante o volante, como passamos na Criação Velha, lembrei-me de experimentarmos a Gruta das Torres, aguardamos um pouco e conseguimos a visita pelo meio-dia. A gruta é de facto engraçada sem ser nada de especial para quem conhece as grutas de Mira d´Aire, mas torna-se engraçada porque não há de facto, qualquer luz dentro da gruta sem serem as lanternas dos visitantes e do guia e algumas curiosidades culturais que valem a pena. Outro dos interesses que pode desencorajar os mais temerosos é que quase toda a visita é feita através do piso natural da gruta, havendo necessidade de nos baixarmos e ter atenção onde colocamos os pés para não darmos cabo nem das costas, nem da cabeça e sobretudo das cabeças. ´
Saímos depois da uma deste percurso e já apetecia almoçar. Decidimos fazê-lo na pastelaria perto da festa, a Simpatia. O serviço foi ultra lento e qualquer uma das funcionárias dava sinais evidentes de desgaste, pelo que conseguimos terminar perto das 15h e ainda assistir à mini concentração motard onde dominava o modelo da harley. Por esta altura começámos a pensar seriamente em dormir e mesmo com os donos em casa fomos fazer uma sesta que soube bastante bem.
Acordamos com um duche devido e resolvemos ir comer à festa. Tasca haviam muitas, mas a ementa era pouco variada e estou um pouco farta de comer sempre o mesmo, é que nos Açores há muitas festas!! Resolvi-me por uma baguete de delicias do mar quentinha com batatas com sabor a presunto e um iced tea de marca branca. Comeu-se! De seguida...André Sardet, bem disposto, animado e com poucos apertos como convém a alguém da minha estatura. Fugimos do fogo-de-artifício que encerrava a festa e dormimos que nem anjinhos.
O dia de hoje...amanhã conto. Vou ali beber umas minis! 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Eu Quero Viver - Nina Lugovskaia

Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!

D. Sebastião e o vidente, de Deana Barroqueiro

É um calhamaço!! Conta com 629 páginas, rebuscadas, com um vocabulário erudito, muitas personagens, mas ... fascinante! Este livro, obviamente, relata a história de vida de D. Sebastião com todos os pormenores, desde a mãe que o deixou, à sua deformidade física, ao seu caráter, bravura... Assim, este pequeno rei, em tamanho e em idade, demonstrou a sua infantilidade nos rasgos de bravura. Inocente, sonhava com a guerra, mas soube antever os interesseiros que lhe apareceram pelo caminho. Existe também Miguel, um menino que nasceu no mesmo dia que ele e que o acompanha ao longo da história, mas que acaba por nunca conseguir aproximar-se o suficiente. É ele o vidente do título, mas a sua personagem acaba por não ser muito "útil", uma vez que é incapaz de mudar o rumo dos acontecimentos, limita-se a admirá-lo ao ponto de o acompanhar à morte. Quem não conhece D. Sebastião, o desejado, aquele que desapareceu em Alcácer Quibir e que regressará envolto no nevoeiro. Cá te es...

Se isto é um Homem, Primo Levi

Já andava na minha prateleira há algum tempo, mas eu não me decidia. O tema agradava-me, mas tinha medo de me dececionar. Temia que fosse demasiado filosófico... Comecei e já não parei. Não é uma leitura simples, mas também não é um quebra-cabeças.  Primo Levi, judeu italiano, apanhado pela máquina nazi, foi capturado em Auschwitz. Este o nome que ninguém deveria esquecer, para que nunca nos esqueçamos que o ser humano consegue ser animalesco pela sobrevivência e pelo poder da crueldade. Convenhamos que, ninguém, com um mínimo de valores, conseguirá tratar desta forma outro ser humano diariamente, durante anos. Primo Levi, que viria a falecer em consequência de uma queda na escada do prédio onde vivia, sobreviveu ao campo de concentração. Sobreviveu porque no meio do azar, teve sorte. Sorte por ter apanhado escarlatina e não ter sido encaminhado para a caminhada da morte , sorte por ter conhecimentos de química e ter conseguido manter-se quente no laboratório para onde foi desti...