Terminei esta leitura e gostei. O morto, o Sr. Napumoceno proporcionou-me cenas de rir, de choro, de ironia e de malvadez. Em vida, teve uma "sorte dos diabos", em morte continuou a fazer valer as suas vontades como quem as viveu. Este autor proporciona um tom irónico e humorístico que nos aproxima das personagens e nos faz "ver" segundo a sua forma de estar na vida. O morto fez a sua riqueza à custa de um engano seu na encomenda de guarda-chuvas, numa terra onde raramente chove. Consegue um sobrinho que trabalha por si, mas que lhe está sempre em dívida. Conhece o amor despudorado por uma mulher com quem nunca assume uma relação e tem uma filha da senhora da limpeza da saia verde. Dá e tira como lhe convém. Evolui e reserva-se conforme os seus apetites. Vive como quer e ambiciona viver de outra forma. "Dizia-se que andava adoentado, a velhice não perdoa a ninguém. Mas muito bom homem. Porém, sobre Adélia nenhuma informação. Os mais velhos falaram de fa...