Não fui educada para ter religião, não frequentei a catequese e nunca achei qualquer especial significado na religião. Sempre fui dauqelas em que não critico, mas não me olhem de lado por não ter fé.
A religião tem o seu lado oculto, sempre me cheirou a mofo e a sofrimento... apesar da minha não educação religiosa, passei a minha infância com os meus avós que me levavam a milhares de santos e santinhos nas excursões e procissões. Lembro-me bastante bem de uma em especial que faziamos quase todos os anos a uma "santa viva" lá para os lados de Arouca, onde todos choravam e por consequência eu também, ainda que não percebesse porquê era sempre obrigada a ir dar um beijo à dita, ora, se já não me agradavam os pálios das procissões imaginem beijar a protagonista com cheiro a remédio e a cera de dinheiro que nunca parava de chegar.
Não, de facto, não me agradam os sacrifícios, as lamentações cantadas e os sofrimentos vãos, e é por isso que adio eternamente o pagar uma promessa que meu avô deixou em ir a pé a Fátima sem falar (!!!) correndo o risco de o mesmo acertar contas comigo noutra realidade.
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
Comentários
Também nunca fui muito adepta de religiões e promessas...