Em "El Senõr Borges" Donal Yates diz: "Tive muito tempo para lhe fazer perguntas que só a um biógrafo ocorrem". O que acha que ele quer dizer com isso?
A. V. : Nós, biógrafos temos uma maneira de fazer certas perguntas, já que é muito pretender as confissões de alguém que vamos biografar. Perguntando alguma coisa ocasional ou trivial procuramos entrar de forma colateral em outros temas mais importantes. Ninguém gosta de falar de certos factos da própria vida, seja por pudor, vergonha, timidez ou outras razões. Borges era um deles.
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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