- Tem dedicado as duas últimas décadas a estudar a vida e obra de Borges. Quais as grandes surpresas que foi encontrando?
A. V. : Mais do que surpresas, ao longo destes anos tenho encontrado confirmações. Borges foi o ser mais literário que este tempo nos ofereceu e em todos os seus procedimentos isso está presente. Tudo, de uma ou outra maneira, se transformava em literatura. Uma vez escreveu sobre o poeta Enrique Bachs que "este homem teve a fortuna de ser abandonado por uma mulher". O sofrimento que lhe provocou esse abandono motivou a escrita de páginas maravilhosas da nossa literatura, ou seja, para Borges se o sofrimento serve para escrever boas páginas, quem dele padece é afortunado.
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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