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O dia ainda não findou e as horas estão a custar a passar. Quase numa solidão "filosófica", aproveito a sua ausência para um tempo de reflexão e penso num projecto comum que ganha força e exige uma importante tomada de decisão: partilhar uma vida a dois. Sorrio, porque daqui a 48 horas vou poder abraçá-la e segredar-lhe ao ouvido - Querida, morro de saudades! - já sei que ela vai dizer - Tens a certeza? - Eu respondo - Não tens motivos para duvidar, porque sabes que te amo. - Beijamo-nos e a noite faz-se noite.

Estava longe de imaginar (a vida, ás vezes, prega-nos partidas) que aos 55 anos me voltaria a apaixonar.

Vivo dias felizes, preenchidos com ardentes alegrias. Reconciliei-me com o mundo. Ela sonha em voz alta, ressona de mansinho, gosta de tomar o pequeno almoço sozinha, de olhos fechados, mas eu amo-a.


Luís Machado in Os Meus Livros


Já dizia Pessoa "Todas as cartas de amor são ridículas...", mas nós adoramos ser ridículos - completo eu.

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Eu Quero Viver - Nina Lugovskaia

Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!

O tamanho

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