
O dia ainda não findou e as horas estão a custar a passar. Quase numa solidão "filosófica", aproveito a sua ausência para um tempo de reflexão e penso num projecto comum que ganha força e exige uma importante tomada de decisão: partilhar uma vida a dois. Sorrio, porque daqui a 48 horas vou poder abraçá-la e segredar-lhe ao ouvido - Querida, morro de saudades! - já sei que ela vai dizer - Tens a certeza? - Eu respondo - Não tens motivos para duvidar, porque sabes que te amo. - Beijamo-nos e a noite faz-se noite.
Estava longe de imaginar (a vida, ás vezes, prega-nos partidas) que aos 55 anos me voltaria a apaixonar.
Vivo dias felizes, preenchidos com ardentes alegrias. Reconciliei-me com o mundo. Ela sonha em voz alta, ressona de mansinho, gosta de tomar o pequeno almoço sozinha, de olhos fechados, mas eu amo-a.
Luís Machado in Os Meus Livros
Já dizia Pessoa "Todas as cartas de amor são ridículas...", mas nós adoramos ser ridículos - completo eu.
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