"Ligo o computador e passo a tarde toda na net até a minha mãe chegar a casa e começar a ralhar." Sabrina, 14 anos, assume onde gasta as cinco horas livres que tem por dia, findas as aulas. O hi5 tornou-se, desde que o descobriu há uns meses, o seu passatempo preferido. Os pais não sabem "nem o que é, nem para que serve". "Devia estudar mais, mas é giro ficar a mandar recadinhos e a ver fotos do pessoal. Lá na escola todos estão inscritos. É moda."

Em apenas dois anos, o fenómeno espalhou-se por Portual a um ritmo alucinante, havendo mais de 800 mil portugueses inscritos. O conceito é simples e atractivo: criar uma rede virtual de contactos, de qualquer parte do mundo e sem ter de pagar nada. Os amigos dos nossos amigos rapidamente se tornam nossos também e assim por diante, numa cadeia infinita de possibilidades.
Sabrina tem "mais de 500 pessoas adicionadas", embora não conheça metade. Aceita convites de desconhecidos porque gosta de travar novas amizades. "Todas as pessoas com quem falo passam a ser minhas amigas", afirma orgulhosa. "Até já tive um namorado, mas não resultou."
Paula Cosme Pinto
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