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Que farei quando tudo arde? - António Lobo Antunes


Foi com expectativa que iniciei este livro. Primeiro porque já tinha lido outros livros do autor; segundo, porque me foi oferecido por 2 amigos que tenho muita estima. Enfim, fiz-me às 637 páginas com voracidade.

Bem, já li outros livros de que não gostei e que mais tarde li novamente com apetite, li-os, inicialmente, fora de tempo, provavelmente aconteceu-me o mesmo com este. É que obriguei-me a chegar ao fim para perceber de que não gostei mesmo. Pareceu-me confuso, com muitas personagens mas muito só. Resumindo, não gostei, mas prometo voltar a tentar daqui a uns anos, entretanto, fica aqui um bocadinho do que li:


"de imediato, instantâneo, ia dizer sem culpa minha a construir-se por si, eu

- Paulo

e o aldrabão que lhe oferece gencianas, bem vestido, claro

uns sujeitos ricos

a voltar a cabeça para a direita e para a esquerda, a dar por mim, a conjecturar

- Alguma criada antiga?

a espalmar o indicador na gravata e o indicador cresceu por ele todo

- Eu?

na cara

é evidente

quem será, quem será, uma fulana qualquer contar-me uma história de doenças, impingir-me bugigangas, pedir-me dinheiro, a costureira que tivemos, a mulher a dias, a primeira visita a um quarto onde o esperavam"


Aceito opiniões diferentes, porque eu gostava mesmo de ter gostado deste livro.

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