A I. ofereceu-me sem que nada lhe fosse pedido um desenho. Fui descobrindo que para a I. desenhar é como para mim escrever. Serve de desabafo, de consolo, de raciocínio, de muleta... A I. surpreendeu-me sempre, pela sua maturidade escondida, pelo seu sentido de justiça pouco ouvido pelos colegas, pela capacidade de não ser influenciada e ser irritante por raramente falar sem razão. A I. é também um poço de sentimentos. Capaz de amar como ninguém e de dar como poucos... sem alarido, sem querer troca. Só porque sim. Espero que tenha um grande futuro.
O primeiro desenho que me ofereceu foi uma baleia. A medo, no final da aula. Ninguém reparou, não quis perguntas e saiu. Respeitei o seu silêncio e guardei-o. Torno a olhar para ele sabendo que não regresso. A baleia vai ficar sempre ligada a I. e aos Açores, esse mar imenso que esconde tanta riqueza! A minha baleia sorri e move-se com delicadeza. A minha baleia está feliz! Eu também, não por não regressar, mas por saber que um dia estive. Espero que a vida também te sorria sempre I. E, sobretudo, obrigado por ainda sonhares!
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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