Às vezes tenho pena do que as pessoas são capazes de fazer umas às outras, principalmente (e só) quando isso acontece com pessoas humildes que, ou não se defendem ou fazem-no de forma desesperada. Pena não é um sentimento bonito, nem sequer nobre... mas a minha consciência funciona dessa forma. Não gosto de "coitadinhos", nem de "choramingas", mas quando me deparo com alguém que é maltratado e aceita humildemente.
É claro que me lembro destes pormenores até ser eu a vítima, porque eu não tenho humildade e até "fervo em pouca água" com injustiças, ainda mais quando são comigo. E assim vamos acumulando carga em cima dos ombros até que temos lapsos nos nossos conceitos educacionais... Até que um dia começamos a ceder às nossas verdades absolutas, até que um dia começamos a julgar os outros pelos nossos olhos.
Andei a ler este livro, terminei-o há 2 dias e tive uma grande desilusão. Bem, é certo que eu já não tinha gostado de "O Diário de Anne Frank", por isso, também não gostei deste. Passei o livro todo a pensar que a jovem era normalíssima apesar de viver no regime de Estaline. As preocupações eram as mesmas de qualquer jovem com a idade dela, aliás até a achei um pouco acriançada dadas as circunstâncias e os seus 18 anos de idade. Enfim, um fiasco! Não consigo gostar mesmo, porque fico sempre à espera de detalhes e pensamentos que eu acharia próprios da época e do contexto e acabo por achar que as jovens sofreram um bocado sim, mas isso não as fez diferentes da grande maioria dos jovens de hoje com a mesma idade, inclusivê esta abusa do egocentrismo e preocupação estética de uma forma quase doentia. Gostaria de ter mais para dizer, mas de facto, o livro não me despertou grande atenção. Na minha opinião: não comprem!
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