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O meu cancro...

É o que eu chamo ao meu carro. Está sempre em fase de evolução. Passo a vida a consertar daqui, a remendar dali e a pensar que o tenho que despachar, mas dada a instabilidade económica em que me encontro permanentemente... é sempre mais uma decisão adiada. Sempre que me faço à estrada rezo para não ficar a pé... não que tenha acontecido com regularidade, mas nunca fiando, que ele não é certo. Um dia lá terá que ser... afinal já é um carro em fim de vida (e da minha carteira também). Entretanto sonhar não paga imposto.

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