As linhas com que me coso são finas, fáceis de partir, quase imperceptíveis. É por isso que coloco botões grandes, daqueles que ninguém percebe qual a linha que os coseu. Os meus botões são a fotografia que quero dar, a parte sólida de mim. Por baixo fica o que me pode enfraquecer e quebrar, as minhas linhas que dão voltas e pontos (nunca finais), que formam nós que passam entre o tecido e pelos buracos dos botões. Não quero os nós, não quero as linhas, mas quero os botões. Não são uns botões quaisquer, são os MEUS botões. Aqueles que te dou para que não vejas nem as linhas, nem os nós. Por isso, os meus botões passam a ser os teus botões, e com eles levas os nós e as linhas, mas não te preocupes, só vais dar por eles daqui a muito tempo, e nessa altura pode ser que já tenhas dado os meus botões e assim, esses botões continuam a ser meus e não teus. Mais gastos, sem cor, desbotados, mas botões grandes e sólidos.
Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda. Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c
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