
Fico atenta, contruo pontos nos frágeis alicerces das minhas bases emocionais. Em baixo das pontes apoderecem mendigos de dúvidas, podres de saturação com olhares cansados de demonstrações artificiais. Espero sismos que não saturem os pilares e afugento o pensamento enganoso de retorno. Os meus mendigos escondidos reclamam calor, peço-lhes, por favor, que se calem, que me deixem atravessar a ponte, que não mexam nos pilares, as suas mãos mancham os meus pilares de ácidos pegajosos de imenso vazio. Vá lá... preciso desta ponte! Afugento-os agressiva... eles olham-me com a certeza de que não cheguarei a meio da ponte. Ao fundo não está nenhum pote de ouro, mas a certeza de que poderei olhar para trás e não conseguir ver o início da minha ponte. O meu passeio do sorriso e... as pontes da minha vida.
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