Avançar para o conteúdo principal

Mais do mesmo

Esta manhã fui chamada à escola para alterar a acta....pela 5ª vez!!!! Porque decidiram que não devemos chumbar o aluno, porque não é humano!!! e ainda ouvimos bocas do género, "como querem chumbar o aluno se não sabem as leis?" Talvez porque a minha única preocupação durante o ano seja conseguir com que progridam e não que fiquem retidos ou não aprovados, ou lá como lhe quiserem chamar porque agora tudo é desumano e traumatiza as criançinhas! Não foi desumano ter chegado onde chegou sem nada saber só porque todos tiveram medo da sua avaliação docente no final do ano?! Sim, porque essa sim, é subjectiva e serve de coacção durante todo o ano...Querem que formemos iletrados, porque as criançinhas não podem ficar traumatizadas, não podem ficar com complexos para toda a sua vida!!!!!!!!!!!!!!!!!! Por favor, a única preocupação e a verdadeira razão continua a ser A IMAGEM DA ESCOLA. Como se todos os outros professores não fizessem parte da escola, como se não dêssemos a cara também... mas que gaita, fomos nós que estivemos na sala enquanto outros brincavam às estatisticas e às actividades num gabinete. A verdade é que desconfio que tanto trabalho serve unocamente para nos castigar da infame estatistica que a escola vai obter na minha direcção e sabem que mais? A avaliação docente permite que excelentes profissionais continuem a ficar prejudicados pela parcialidade de colegas ambiciosos e que...pelos vistos, tiraram um curso de Direito antes do ensino!
E no meio disto tudo dou por mim a pensar que seria melhor ser menos competente, porque neste momento só me apetece voar daqui para fora literalmente!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Uma verdade simples, de Jodi Picoult

Leitura agradável, mas não brilhante. É um livro que se lê facilmente, apesar de não me ter cativado no início. Para ser sincera só a mais de meio consegui nutrir algum interesse pela história. Até lá, achei o livro banal, expectável e cinematográfico. Considero que não é um livro mau, apenas não é a minha onda.  Então, relata a história de uma rapariga amish, que é acusada de matar o seu próprio filho à nascença e da sua advogada cosmopolita e mal resolvida amorosamente. A advogada não acredita na sua inocência, mas resolve ajudá-la a pedido de Leda, sua tia. Depois disso surgem as peripécias. A advogada acaba por acreditar na sua inocência quando ela se considera culpada, entretanto reapaixona-se pelo psicólogo que defende a acusada, que por sua vez era um namorado antigo. A acusada revela, aos poucos, a verdadeira história da noite da morte e enfrenta a dificuldade entre escolher o pai do filho, pertencente ao mundo normal e a sua vida simples de amish. O que lhe aconteceu? É c

Se isto é um Homem, Primo Levi

Já andava na minha prateleira há algum tempo, mas eu não me decidia. O tema agradava-me, mas tinha medo de me dececionar. Temia que fosse demasiado filosófico... Comecei e já não parei. Não é uma leitura simples, mas também não é um quebra-cabeças.  Primo Levi, judeu italiano, apanhado pela máquina nazi, foi capturado em Auschwitz. Este o nome que ninguém deveria esquecer, para que nunca nos esqueçamos que o ser humano consegue ser animalesco pela sobrevivência e pelo poder da crueldade. Convenhamos que, ninguém, com um mínimo de valores, conseguirá tratar desta forma outro ser humano diariamente, durante anos. Primo Levi, que viria a falecer em consequência de uma queda na escada do prédio onde vivia, sobreviveu ao campo de concentração. Sobreviveu porque no meio do azar, teve sorte. Sorte por ter apanhado escarlatina e não ter sido encaminhado para a caminhada da morte , sorte por ter conhecimentos de química e ter conseguido manter-se quente no laboratório para onde foi destinado

D. Sebastião e o vidente, de Deana Barroqueiro

É um calhamaço!! Conta com 629 páginas, rebuscadas, com um vocabulário erudito, muitas personagens, mas ... fascinante! Este livro, obviamente, relata a história de vida de D. Sebastião com todos os pormenores, desde a mãe que o deixou, à sua deformidade física, ao seu caráter, bravura... Assim, este pequeno rei, em tamanho e em idade, demonstrou a sua infantilidade nos rasgos de bravura. Inocente, sonhava com a guerra, mas soube antever os interesseiros que lhe apareceram pelo caminho. Existe também Miguel, um menino que nasceu no mesmo dia que ele e que o acompanha ao longo da história, mas que acaba por nunca conseguir aproximar-se o suficiente. É ele o vidente do título, mas a sua personagem acaba por não ser muito "útil", uma vez que é incapaz de mudar o rumo dos acontecimentos, limita-se a admirá-lo ao ponto de o acompanhar à morte. Quem não conhece D. Sebastião, o desejado, aquele que desapareceu em Alcácer Quibir e que regressará envolto no nevoeiro. Cá te es