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O verde.

Sou do Sporting Clube de Portugal desde pequenina, o meu dever filial para com o meu avô não me deixou mudar de clube, nem tão pouco desistir. Fez-me bem. Aprendi que não se pode ganhar sempre na vida e que a vitória (sem ser a águia do Benfica) tem um sabor doce e delicado.
Mais tarde, como estudante de letras, o verde assumiu outra importância, a sua simbologia evidenciou-se com a minha tão agradada palavra "esperança", motor de busca incessante e de caminho de sucesso. Por vezes é melhor o caminho do que a meta.
Depois vim morar para um sitio onde o verde me enche a alma, me traz frescura, sossego, vida... daquelas divagações que me perco onde me encontro.
Gosto do verde porque me habituei a ele, porque a vida parece mais alegre com esta cor, porque acolhe pensamentos positivos, porque me faz bem a mim e ao mundo.
O meu filho balança no dever filial de ser verde ou vermelho (espero que seja verde), mas sei de antemão que estou em desvantagem, já passei o mesmo com o meu irmão mais novo. No entanto, quero que toda a sua vida possa passear com tudo o que o verde carrega e "diabo seja surdo e mudo" o rapaz saia azul.

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