Bem, as maravilhas da maternidade não me têm deixado muito espaço para leituras, mas tenho-me redimido sempre que posso e o sono me permite.
Entre outras leituras (escassas) o título acima foi a última.
Tinha curiosidade em ler este livro há já algum tempo, também devido aos positivos comentários que causou o filme que ele proporcionou.
Foi uma leitura agradável, apesar de achar que, por vezes, se tornava monótono nas suas descrições de divagações, não propriamente essenciais para a progressão do enredo.
Conta-nos, então, a história de um adolescente que se apaixona por uma mulher mais velha que não sabe ler, mas que nunca o confessa e, devido a isso, envereda por uma profissão menos glamorosa, guarda num campo de concentração. É também essa profissão que a leva à prisão. Não abriu as portas de uma igreja em chamas, que albergava mulheres e crianças judias, vindas de um campo de concentração. Não querendo nunca declarar o seu analfabetismo, acaba condenada por muito mais do que fez. Sem ser inocente, esta personagem acaba por nos apaixonar pela sua ignorância e pelo amor da leitura ouvida por presidiárias e pelo adolescente apaixonado. Damos por nós na vereda da pergunta e da ignorância de não sabermos se havemos de perdoá-la pelas circunstâncias da vida, se pela retidão do seu caráter submisso pelo analfabetismo e controlador pelo seu caráter.
A minha próxima leitura é muito mais a minha cara. Volto a Marion Zimmer Bradley, com A senhora de Avalon.
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