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A persistência da memória, Daniel de Oliveira

Olá, olá...

há muito que não atualizo as minhas leituras. Já li alguns livros, mas que , entretanto, com o dia a dia me fui esquecendo de colocar aqui.
Este título foi a minha última leitura e não gostei. Não gostei, não porque o livro fosse mau, mas porque não me agrada este género. Já li outros do mesmo autor de que gostei.
Então, este livro tem uma protagonista feminina, Camila, que não consegue esquecer, não consegue mesmo. A sua memória retém tudo e todos, sempre, então, abandonada pelo seu companheiro, é adorada pelos amantes, que nunca a satisfazem de forma duradoura. É apresentadora de televisão, é famosa, é bonita, mas não é feliz. É claro que no meio disto tudo, o sexo, que surge como um escape, uma fonte de prazer e de fuga, é presença assídua no romance, bem como descrições minuciosas das cenas.
Gostaria que tivesse sido melhor explorada a relação controversa com a mãe e a derradeira despedida do pai, do que propriamente aquilo que, a mim, me parece a exploração de incómodos triviais, sem uma finalidade específica.

" - Como assim?
- Não há vida sem memória, mas nós somos o que esquecemos na medida em que, se nos lembrássemos de tudo, como acontece consigo, odiaríamos agora, com a mesma intensidade, quem nos fez mal há vinte anos. E teríamos, como também acho que a Camila tem, uma tremenda capacidade de desamar.
- De desamar?"



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