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Mensagens

Escrevo...

com o olhar ardente de quem foge do mundo. Às vezes canso-me, frustrei as tentativas do desconhecido, sinto-me capaz de viver o resto da vida a esquecer-me de quem sou, de onde venho... escrevo. Quero libertar-me e prender-me dentro de mim mesma. Vês? Quantas vezes? Quantas personalidades? Serei eu alma de pessoa heterónima de esquizofrenia portuguesa. Ouve...tanto para calar! Tanto para temer! Temo? Às vezes...escrevo, defino-me, redefino-me, perdoo-me, melhoro, erro, Sísifo... pedra rolante, pedra constante disposta a disparar, separar, amedrontar, esmigalhar...escrevo! Sem folhas, sem lágrimas, já sem sentir, sem exageros e sou Reis. Não sou, escrevo...furiosamente, imperdoavelmente como se as palavras fossem lâminas, lágrimas, labirintos, lava, larva...lá...escrevo! Quero ir-me embora!

Humildade

... não precisa de ser apregoada!

De partida...

...ando ansiosa pela partida. Sinto-me saturada de nada e de tudo, sem paciência, sem vontade de me sentir agradecida. A verdade é que aqui não acho que tenha de agradecer, não senti que me tivessem feito o que quer que fosse que tivesse de reconhecer com o meu agradecimento, mas, incrivelmente, parece que as pessoas o esperam...talvez por isso eu ache que não o merecem. Também sou tão teimosa! Acho que ando a precisar de mudar, convencer-me que afinal os dias contam e passam, que não posso esperar para sempre que o mundo mude a favor dos meus sonhos. Mas... quanto a agradecimentos, só a mim, pela coragem, persistência e... paciência! Já tenho saudades dos pequenos e esses sim, merecem o meu mais sincero agradecimento!

À espera...

... de me ir embora. (foto retirada de um site de poesia)

Família alargada?!?!?!

Normalmente nas reuniões de CT eu sou a mais nova, aquela a que a opinião é menos válida por falta de experiência, de caminho, de calo... não me incomoda, mas, ás vezes dá-me vontade de rir. Então, neste CT falava-se dos problemas familiares de alguns alunos que provocaram, ou serviram de desculpa, para fracos resultados escolares. Iniciou-se a conversa e descobri que pertenço a uma família moderna, dantes apelidada de família desestruturada, agora de família alargada, dantes éramos vítimas, agora monopolizadores, enfim... a conversa prolongou-se a casos específicos de violência doméstica e de pais alcoólicos, padrastos que são madrastas...Jesus! As professoras (só existem mulheres neste CT) desesperavam em rotular e explicar estas inovações e ideias completamente abstractas para um conservadorismo mal contido. Ri-me para mim mesma e achei que não valia a pena explicar o que é estar deste lado, qual o ponto de vista de quem vive com as decisões alheias e gere-as pela vida fora com...

Saudades de casa...

Não há santo que aguente...

... tanta asneira. Ai o que eu faria!

Em modo correção...

...dá-me umas fomes quando começo a ver asneiras!!!!!

Palinódia

Todos aves raras que papagueiam tolices e absurdos de verborreia incessante. De quem falo?

"O conde de Abranhos"

Este livro conta-nos a história de Alípio Abranhos, nascido numa família humilde, mas com origens nobres, é recolhido por uma tia solteira em tenra idade, que lhe permite progredir nos estudos e ascender a uma classe social mais poderosa. Renega a família biológica e prossegue até onde pode com a protecção da tia, que se apaixona e também o afasta. Ambicioso, investe num casamento lucrativo e em amizades profícuas. Tudo é alcançado, como pretendia. Sem nunca ter sido muito inteligente, foi esperto. Representativo de uma classe, bem como as outras personagens que interagem na história, representa a sociedade portuguesa oitocentista. É bem característico o estilo de Eça, para quem aprecia. Eu gostei e recomendo. Ainda que não seja a sua grande obra, não deixa de ter o seu interesse, sobretudo cultural. "E no silêncio apavorado que deixara aquela voz profética, em que se sentia a ameaça de graves tormentas sociais rolando do fundo do horizonte, aproximei-me instintivamente d...

Again...

Hoje foi tarde de...

...toiros à corda!

Zé zé Camarinha

A ideia que tinha deste senhor piora de cada vez que o oiço: machista, materialista, cobarde, egocêntrico, infantil e terrivelmente chato! Os meus meninos tinham muito para lhe ensinar!

Catarina, a Grande

Este livro, cuja autora é Silvia Miguens, agradou-me. Conta a história da czarina Catarina, conhecida pelos mais próximos como Figchen. Nascida para reinar, conviveu com as intrigas do poder e as malhas da suprema ambição. Procurou em todos os homens o amor de Georgie, seu tio e primeiro amor. Apaixonou-se pela Rússia, sendo alemã, tornou-se uma mulher de força e com força que, a dada altura, cegou pelo poder e colocou-o acima da emoção. Odiada por muitos, amada por outros e sempre apaixonada. Julgada por todos, como as mulheres de carácter sempre o são. A minha edição é da Casa das Letras e possui 303 páginas. "- Ninguém poderia tê-lo expressado melhor - disse o embaixador Ségur, entregando-me um copo. - Meu querido Ségur, sempre galante... Mas é apenas uma brincadeira. Sabe que não poderia tolerar coisa alguma se não fosse pelos amigos. - E pelas amigas - esclareceu a minha Dagchov, que não se separava de nós desde que fora nomeada por mim diretora da Academia Russa, pe...

Está na hora...

de abrir a semana. Bora lá!

Mimos

Os meus alunos têm sido muito generosos no que toca a mimos. Estou a falar de turmas de secundário, onde já não existe uma tendência tão espontânea para a demonstração de afectos  mas eis que numa aula em que voltam a insistir: - A professora tem a certeza que se nós escrevermos uma carta, eles não a deixam ficar cá? É que não é justo, as suas aulas são as que passam mais rápido e nós aprendemos. No mesmo dia, mas noutra turma: - A professora para onde é que quer ir para o ano. Eu acho que era boa ideia ficar connosco. A professora vai ter montes de saudades nossas e nós também, vale mais ficar cá... Digam lá que não vale a pena receber estes miminhos? Por vocês, contínuo a acreditar que sonhar é possível.

Meta final

Estamos quase a terminar o ano letivo e os trabalhos vão-se acumulando, mas já me cheira a despedida e com ela a saudade. Estou cansada, saturada desta estrada que nunca mais termina e, no entanto, não consigo desviar-me deste caminho cada vez mais só, cada vez mais incompreendido, cada vez mais esforçado por um fardo maior, com penalizações irrecuperáveis e estratégias. A cada ano que passa, as descargas são mais violentas, a vontade de construir o sólido permanece numa gaveta, aguarda uma oportunidade que se converta. Chegará, não chegará? Não me parece, mas permaneço. Avanço...paro, mas sei que preciso de sobreviver. E eu preciso de acreditar que vivo.

Triste!

Sabia melhor, mas não entendo o que aconteceu.

Se ele não chega... morro!

Já me esqueci...

... do número de vezes que fiquei constipada este inverno. Se ele não acaba, não sei se sobrevivo.