Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Sem tempo...

As leituras não pararam, eu é que parei de as comentar aqui. Os amigos não desapareceram, eu é que deixei de os ver tantas vezes. O trabalho não acabou, eu é que tenho menos tempo para ele. Porquê?! Porque tenho algo que me interessa mais que isso tudo: sou Mãe e há tanta coisa que muda, menos o prazer de ver o seu sorriso e sentir o seu cheiro.

O leitor, de Bernhard Schlink

Bem, as maravilhas da maternidade não me têm deixado muito espaço para leituras, mas tenho-me redimido sempre que posso e o sono me permite. Entre outras leituras (escassas) o título acima foi a última. Tinha curiosidade em ler este livro há já algum tempo, também devido aos positivos comentários que causou o filme que ele proporcionou. Foi uma leitura agradável, apesar de achar que, por vezes, se tornava monótono nas suas descrições de divagações, não propriamente essenciais para a progressão do enredo. Conta-nos, então, a história de um adolescente que se apaixona por uma mulher  mais velha que não sabe ler, mas que nunca o confessa e, devido a isso, envereda por uma profissão menos glamorosa, guarda num campo de concentração. É também essa profissão que a leva à prisão. Não abriu as portas de uma igreja em chamas, que albergava mulheres e crianças judias, vindas de um campo de concentração. Não querendo nunca declarar o seu analfabetismo, acaba condenada por muito mai...

Arquipélago, de Joel Neto

Não sendo açoriana, moro nos Açores há alguns anos e foi com interesse que adquiri este livro.  Inicialmente adorei-o, a história de José Artur como professor frustrado, cheio de ambivalências e vida pessoal conseguiu convencer-me que devia ler as 455 páginas que se apresentavam pela frente. O pitoresco da linguagem e a caracterização de personagens tão fiel a tudo o que vejo diariamente incentivavam o meu instinto literário, num livro que adquire um tom próprio e com poucos erros (detetei apenas 1) prossegui sem arrependimentos pela aquisição de 20 euros. No final, apaixonei-me pelo José Artur e pelo seu filho André e desfrutei do avô José Guilherme como se fosse meu. De negativo, aponto talvez o bruxo, personagem que aparece no final e que me parece demasiado fantasiosa, mas penso que é apenas um apontamento pessoal. Sem dúvida que vale a pena ler e que o seu autor deve prosseguir na reflexão desta identidade.

A ofensa, de Ricardo Menéndez Salmón

Iniciei este livro com alguma espetativa. Gosto, normalmente, de livros sobre a Segunda Guerra Mundial. Este, foi uma desilusão. Centra-se, sobretudo, numa única personagem, que trabalhava como alfaiate, é recrutado para servir a Alemanha na sua atroz campanha mundial. Assiste ao primeiro massacre em massa e deixa de sentir. Entende, mas não sente, os seus orgãos ficam inanimados, ainda que vivos. O livro é muito curto e gira todo em torno da tentativa de voltar à "vida", deste humilde alfaiate. Lê-se muito rapidamente, mas desperta pouco interesse. Tem uma ótima encadernação e as folhas são de boa qualidade. "Quando Ermelinde lhe anunciou que estava frávida, por um momento Kurt pensou que se daria o milagre. Mas aquela sombra de sensação, um breve relâmpago de calor ou de medo ou de plena e pura alegria que pareceu esboçar-se-lhe na nuca, um lugar onde - lembrava-se bem - se concentravam as emoções, enganou-o apenas durante um segundo."

A queda de Atlântida, de Marion Zimmer Bradley

Continuo a adorar esta escritora e quanto mais leio, mais quero ler. Este livro prendeu-me desde a primeira à última página.  Domaris e Deoris, duas irmãs com uma ligação muito maior que o próprio sangue. Vivem num templo, são amadas e odiadas, amam e odeiam com a mesma intensidade. E eis quando o universo parece separá-las, a sua força e o seu Karma unem-nas para sempre e "para sempre" parece muito tempo, mas muitas vidas virão... "Impaciente, Domaris andava para trás e para diante no seu quarto. Os dias cansativos e as noites que se tinham arrastado, só tinham feito com que o inevitável estivesse mais próximo e, agora, o momento da decisão estava perante si. Decisão? Não, a decisão já fora tomada. Era apenas o tempo de agir que tinha chegado, a altura de garantir o cumprimento da sua palavra empenhada. Que interessava o facto de a sua promessa a Arvath ter sido feita numa época em que era completamente ignorante relativamente às consequências dessa promessa?...

Os filhos do afecto, de Torey Hauden

Este livro apresenta-se escrito na 1.ª pessoa, Uma professora que vive da escola e para a escola, como a tantos acontece, docente de uma disciplina de Estudo Acompanhado, recebe na sua sala aqueles que não se enquadram numa sala "normal". O universo é construído por esta professora, por uma aluna que depois de ter sofrido violência nas mãos do pai não consegue ler, nem reconhecer os números, Lori; um autista, Boo; um inadaptado que viu o pai morrer, Tommaso; e uma criança de 12 anos que está grávida e não se enquadra num colégio religioso, nem numa turma regular. Todos eles vão sendo descobertos aos poucos, com as suas singularidades, belezas e fragilidades. Refletimos em quanto estes miúdos nos passam ao lado, na margem, não conseguem integrar-se num sistema que os quer integrados e não são descobertos num mundo de programas e metas a cumprir. Um livro intenso que nos choca pela nossa insensibilidade, pela nossa vontade de fechar os olhos ao que não é "normal...

Farta

Por vezes fico farta que os projetos não possam ser assumidos com o mesmo vigor, responsabilidade e ética que eu os assumo. Não tolero falhas, não tolero desculpas, não tolero insensatez, não tolero faltas de responsabilidade... Tudo na minha vida foi feito em consciência e com consciência, envolvo-me, levo todos os papéis a sério e a peito, não sei fazer de conta que tenho nível, tenho a boca ligada ao cérebro, tenho a vontade pura de esganar os injustos, os tolos, os parvos que assumem tudo a meias e por metade. Visto a camisola, sei ser, ajustar-me, não vivo de falsas promessas, não confio mais que uma vez, não perdoo e não esqueço. Sou amarga? Sim, porque só conto comigo e em mim concebo todos os sonhos do mundo e cada vez que incluo alguém... arrependo-me.

Perdoai as nossas ofensas, de Romain Sardou

Ao início não gostei nada, demasiados pormenores e informação, os nomes das personagens eram difíceis de fixar, enfim...pensei que tinha uma "seca" pela frente, metade do livro foi passado a "mastigá-lo" e a olhar para a prateleira dos que ainda não mereceram a minha atenção. Depois, foi-me entusiasmando e acabei por achá-lo tragável.  Uma história intimamente ligada à igreja e aos seus métodos, por vezes, pouco ortodoxos, para evangelizar infiéis, desenrola-se a história entre os padres bons e maus, a busca de uma verdade escondida, o segredo da personalidade torta dos religiosos... não é uma leitura fácil, mas que acaba por envolver o leitor persistente. "Os dois correios deviam partir com toda a urgência. A primeira missiva era dirigida ao senhor Enguerran du GrandCellier no seu castelo de Morvilliers ou em qualquer local dos seus domínios. Aja selou as duas cartas com o seu anel episcopal: uma cruz e uma máscara. Sem recomendação suplementar, o s...

o jogo preferido, de Leonard Cohen

Não tenho publicado posts sobre leitura, mas tenho lido, como sempre... Acabei de ler o título acima e confesso que não fiquei impressionada. As personagens não me encantaram, a história também não, mas lê-se com alguma facilidade e sem perder o fio à meada.  Conta a história de Breavman, personagem, escritor, amante, filho. Homem que tem medo de amar qualquer mulher, mas desenvolve uma relação demasiado próxima com o seu melhor amigo.  E pronto... não tenho muito mais a dizer.

O verde.

Sou do Sporting Clube de Portugal desde pequenina, o meu dever filial para com o meu avô não me deixou mudar de clube, nem tão pouco desistir. Fez-me bem. Aprendi que não se pode ganhar sempre na vida e que a vitória (sem ser a águia do Benfica) tem um sabor doce e delicado. Mais tarde, como estudante de letras, o verde assumiu outra importância, a sua simbologia evidenciou-se com a minha tão agradada palavra "esperança", motor de busca incessante e de caminho de sucesso. Por vezes é melhor o caminho do que a meta. Depois vim morar para um sitio onde o verde me enche a alma, me traz frescura, sossego, vida... daquelas divagações que me perco onde me encontro. Gosto do verde porque me habituei a ele, porque a vida parece mais alegre com esta cor, porque acolhe pensamentos positivos, porque me faz bem a mim e ao mundo. O meu filho balança no dever filial de ser verde ou vermelho (espero que seja verde), mas sei de antemão que estou em desvantagem, já passei o mesmo com...

Kelly Clarkson - Stronger (What Doesn't Kill You)

Sou uma mulher e mãe apaixonada

Avicii - The Days (Lyric Video)

Porque os meus dias andam repletos de coisas boas...

Tenho um filho...

...e sou feliz!

Uma verdade universal

Este tipo de pessoas enerva-me!! Reconheço que tenho mau feitio, mas prefiro ser apelidada com esta característica do que ser um sorriso que ninguém conhece mas a todos agrada.

Reinício

É tempo de recomeçar (felizmente). Escola já conhecida mas já há uns anos... voltei. Não me posso queixar, apesar de agora a responsabilidade ser acrescida. Vamos ver...

Férias

As férias para mim são diferentes. São tempo de renovação de ansiedades, de dúvidas, com momentos altos e baixos, mas nunca descansadas. De há escassos anos para cá tenho tentado "desligar a ficha", desfrutar do descanso, mas não é fácil. A cada nova política, nova decisão sobre a minha vida, a cada mudança novo problema e nova incerteza. Garanto que há pouco que me tire a paciência depois deste treino intensivo da expectativa de agosto. As decisões são adiadas, os passos comedidos, os sorrisos vigilantes e sem nada saber, envelheço a mendigar pão. Não me posso queixar, há sempre quem esteja pior. É verdade, mas será que há assim tanta gente que apesar das escolhas repensadas persista num caminho inseguro. Investi muito, em mim, no sonho... Preciso de saber que vale a pena. Tenho espírito de sacrifício, mas será que vale a pena. Sempre achei que somos responsáveis pelas nossas escolhas e pelos nossos atos... e ai tanto que as minhas decisões já me fizeram pagar! Neste mome...

E com isto deixei de querer ir ao Brasil.

Fico triste

Faço um esforço tremendo para me colocar no lugar do outro. Faço mesmo! Todos os dias tento não ser precipitada nem impulsiva nas minhas respostas porque não me coloquei no lugar do outro. É verdade que isto me custa imenso, porque por norma sou a típica mulher com "pelo na venta", que tem sempre a resposta preparada e pronta a ser disparada assim que me sinto ameaçada ou me deparo com alguma situação que considero injusta. Imponho-me então esta disciplina diária e melhorei nas minhas respostas mais ponderadas, polidas e mais assertivas, mas... quando percebo que do outro lado não há o mesmo esforço e o dedo é apontado na minha direção ou na de alguém que não se pode explicar, fico perdida... apetece-me mandar tudo para um real sitio que eu cá sei. O meu aperfeiçoamento está a ter frutos e em vez disso tento explicar o meu ponto de vista e aguardo que me respondam com argumentos válidos, que me façam repensar as minhas posições. Quando isso não acontece...bem... ou o...

É Melhor Não Duvidar

Mesmo que não queira, o corpinho mexe...