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Mensagens

Manifesto anti-Socialista

A coisa é mais ou menos assim. Ah e tal vamos dividir, ou viver numa sociedade meritocracia. O catano! Nem eu que estudei, nem tu que queres trabalhar, o melhor ser+a mesmo em pensares em dar umas graxas, subir na horizontal ou possuires uma boa chantagem. Ah, pois é amigos, não quero dividir o que conquisto com o meu esforço, mas também não quero subir sem mérito, a este fenómeno chama-se: uma arrochada da vida! Pedimos nós que pais formem filhos melhores, calhando até eles deviam ser melhores.

Quando falares de mim, olha para ti primeiro.

RUMORS

A sua agenda, essa, podia ser pior. De momento pode ser admirada no romance Just My Luck (Que Sorte a Minha), sobre a rotina de uma menina rica que tem a sorte do seu lado, salvo quando tropeça num rapagão quase mais bonito que azarado. Daqui a uns dias aparece no novo fime de Robert Altman, A Prairie Home Companion (ainda sem tradução para português), a saga de um programa radiofónico prestes a transmitir a derradeira emissão. Lindsay Lohan que faz inversão de marcha no seu percurso, terá a seu cargo a personagem de uma adolescente consumida pela poesia deprimente que vai debitando num caderno pode ser apenas mais um nome reconhecível entre muitos outros -Virginia Madsen, Kevin Kline, Lilly Tomlin e John C. Reilly - mas a inclusão da novata entre tantos veteranos é importante pelo seguinte motivo:não há dúvida que ela exige evoluir para temas maduros na companhia de quem sabe, revelando desta forma uma ambição inteligente que ela reveste de uma aura especial. Em segundo lugar, esta nã...

Lindsay Lohan (parte 2)

A primeira vez que Lindsay Lohan atravessou a avenida pública foi quando fez de gémeas no filme The Parent Trap , ia ela ainda na infância sobredotada. Tentou a televisão mas era o ecrã maior que queria conquistar, um plano arrojado pois, em início de carreira, quem não é criança pequerrucha ou adolescente "sexy" tem dificuldade em escalar a muralha do cinema. A verdade é que passados poucos anos Lindsay Lohan ressuscitou. Uma aparição. O patinho era agora cisne. O cabelo flamejante, que já havia feito dela a primeira criança ruiva a ser contratada pela agência de modelos Ford, deu-lhe um toque de Ann Margaret da nova geração, e o corpo, agora uma provocação, foi metido em vestidos descarados como se ela fosse uma enviada do paraíso prestes a mostrar ao mundo a imagem de felicidade perfeita que só existe na juventude bem vivida. Cheirando energia em combustão, a imprensa nunca mais a largou. Lindsay Lohan saltou para o cume das bilheteiras com os filmes Freaky Friday (Um Dia...

Mix Lindsay Lohan (parte 1)

Na bolsa de valores de Hollywood, Lindsay Lohan é uma espécie de Google, um fenómeno que sobe de valor mesmo quando estamos a dormir. Tem apenas 19 anos mas, talvez por causa do cruzamento de talento, contorno físico e reputação boémio-decadente, a fama dela disparou e ainda não parou. Há dias era líder incontestada nas listas de Celebrity Fantasy League, um campeonato disputado na esquizofrenia imaterial da Internet e que pretende esclarecer de uma vez por todas o verdadeiro valor das vedetas. A coisa funciona mais ou menos assim. Depois de uma pessoa se inscrever na refereida liga ao som de 10 dólares, é incitada a vaticinar quais estrelas de cinema irão aparecer com mais frequência nos meios de comunicação social. Que celebridade irá dominar as manchetes na próxima semana? Ninguém sabe ao certo. É aqui que reside o jogo. O concorrente escolhe cinco vedetas femininas, outras cinco masculinas e, ainda, um casal famoso, tipo Madonna e Marido. Os pontos vão-se acumulando consoante a fre...

Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.

Jorge Palma

Jorge Palma voltou a dar que falar em mais uma obra de arte: Voo Nocturno. A última criação, com o célebre tema Encosta-te a Mim. O Sr. é um verdadeiro SENHOR Quanto a mim dos melhores. das palavras do coração... e quanto ao processo criativo, nem quero saber, nem ponho em causa, desde que me faça sempre sentir vontade de voar à noite encostada a mim. Sentir, que tanta falta me faz, apenas sentir...

Bem essencial...

Há coisas que não são físicas que fazem essencialmente parte da nossa busca em que permanece próximo do alcançável: ser feliz! Sim, blá, blá,blá, há muito sofrimento, meio mundo a fazer-se de coitadinho, e pois e tal, só queria um bocadinho assim; a verdade é que precisamos de pensar que podemos ser felizes e para isso há que lhe sentir o cheiro, saber que é sabor momentâneo, sofrer para a reconhecer em extâse fuigidio de pouca demora. Velhaca, a felicidade! Pede-nos sempre mais, enfim, funciona como o nosso protoplasma! É requisito essencial na vida de mutante, de stress e desgraçadinhos em que nos envolvemos. Quero mais disso, daquela que ainda demora uns dias até que me apreceba que a moca passou, quero daquela que não fica convencida com bens materiais, daquela que me engana e que só quando se vai embora eu sei que cá esteve. Como sempre digo, adoro ter razão, é de hábito tê-la por antecipação, mas não é ela que me traz felicidade, são os meus sonhos guias, o meu castelo fechado, e...

D. José (última parte)

O modo como neste período foram reprimidas todas as revoltas e conjuras, desde a greve dos camponeses do Alentejo, em 1756, ao processo dos Távoras, constituiu a outra face da moeda. Sobre este caso, que fez correr rios de tinta, o historiador Veríssimo Serrão apontou um dedo severo a D. José, a quem " coube a única e excusiva responsabilidade da execução" da familia, como o autor escreve na sua História de Portugal . Contudo, ninguém nega que, a pretexto da tentativa de suicídio de 3 de Setembro de 1758, foram supliciados membros da nobreza desfavoráveis a Pombal e à forma como o poder era gerido na Corte. D. José viria a falecer, na Ajuda, a 24 de Novembro de 1777. Nair Alexandra in Única

D.josé (continuação - parte 1)

Os factos são conhecidos: logo no dia 1, o Governo reuniu-se e foram tomadas as primeiras medidas de urgência perante a catástrofe. Pouco depois seria a saga da reconstrução da cidade - é a partir do terramoto que brilha o ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal. E até hoje, o grande debate entre os historiadores tem sido acerca do grau de influência do ministro no próprio rei - teria sido este manietado por Carvalho e Melo? A tendência é achar que não. Embora tímido, D.josé cedo terá mostrado a determinação a conduzir as rédeas do poder. Com uma educação cuidada - dominava o italiano, francês e espanhol -, o monarca que incarnou o Despotismo Iluminado procedeu a uma série de reformas importantes, desde o fim da distinção entre "cristãos-velhos" e "cristão-novos", com a quase falência da Inquisição, até à criação da Companhia das Vinhas do Alto Douro em 1756 - é a mais antiga região demarcada do mundo. Nair Alexandra in Única

D. José

Parecia que o novo reinado ia começar sob uma sina má: a 8 de agosto de 1950, em Lisboa evocava-se o falecido D. João V. Seria o filho primogénito, D. José (nascido a 6 de Julho de 1914) a subir ao trono. A 10, grandes da nação cumprimentavam o novo soberano, só que, nesse mesmo dia, um incêndio deflagrou no Hospital de Todos-os-Santos, e ainda fez estragos nas casas da vizinha Betesga. Os doentes foram salvos por populares e padres de conventos próximos. Enfim, contra os vaticínios, lá seria o novo rei aclamado a 7 de Setembro, no Paço da Ribeira. A desgraça maior no seu reinado seria, claro, a da factídica manhã de 1 de Novembro de 1755, quando as forças da natureza se conjugaram para destruir Lisboa e uma parte do país. D. José encontrava-se no "campo real" de Belém (origem da actual sede da Presidência da República). O seu palácio (no Terreiro do Paço), com o precioso recheio, foi completamente destruído pelo megassismo e o incêndio que se lhe seguiu. Apavorado, o soberan...

Dia de S. Martinho

Bem, nunca soube muito bem para que servia este dia. Associo-o sempre à feira do cavalo na Golegã. Em que a ágape é bem regada e os cavalinhos são esgotados em galanteios tolos de pequenos burgueses impacientes na sua mostra. Pelos vistos, é um santo, uma desculpa para comer castanhas com geropiga e água-pé. Para mim é dia de descanso que as cavalgadas são feitas durante a semana. Seja como for, a todos um bom dia de S. Martinho!

Trazei as crianças que eu já lhes digo (ultima parte)

Talvez assim, desnorteadas e conduzidas ao exercício retemperador da gratidão pelo que lhe é dado, as crianças possam ser novamente reintegradas na sociedade adulta, sem piarem muito. Quem sabe? O homem bem sonha; sonha até se fartar (e a mulher também, tratando-se embora de sonhos muito diferentes) mas a obra, está quieto, não é como as crianças e não nasce. É triste, pois claro, mas é mesmo assim. Miguel Esteves Cardoso in Única Já agora!

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 6)

Se as crianças seguem o rumo dos novos casamentos do "pai" ou da "mãe" originais, é questão a discutir. Talvez o melhor fosse seguir sempre o casamento mais recente, que costuma ser o mais feliz. Mas, para o caso de se dar importância à estabilidade, poderiam seguir quem se casasse primeiro. O fundamental é serem obrigados a esquecer os pais anteriores - ou, quando muito, a terem deles uma péssima ideia, do género que hoje dedicam aos injustamente vilipendiados padrastos embriagados e às quantas vezes esplêndidas madrastas más. Miguel Esteves Cardoso in Única

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 6)

Se o pai ou a mãe casarem outra vez, as crianças poderão alegremente voltar à vida familiar - mas terão forçosamente de aceitar a nova esposa do pai como única e verdadeira mãe ou, no caso de ser a mãe a casar primeiro, o novo esposo da mãe como o único e verdadeiro pai. A mãe antiga e o pai antigo serão simplesmente proscritos, não se permitindo sequer considerar aleivosias como o conceito de pai "biológico". E quanto a acumular avós, sogros, noras, genros e outras paelopreciosidades, nem pensar. Sim, porque a vida só por si já não é nenhum piquenique, para não termos também de tentar estender a manta sobre esse gigantesco ninho de vespas. Quando chegar o tempo dos pais destes, por sua vez, se separarem, a criançada volta toda, sem excepção - irmamente - para o orfanato. Não há cá filhos do primeiro, segundo, terceiro ou nenhum casamento: são todos irmãos e orfãos infelizes até ao próximo casamento. Miguel Esteves Cardoso in Única Ai Jesus! Andava para aí muito infeliz!!! Ma...

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 5)

A única solução é alterar a lei de maneira a eliminar as figuras odiosas da madrasta, do padrasto, dos enteados. Para isso basta legislar que, quando os pais se separam ou divorciam, as crianças perdem direito à mãe e ao pai. Com "fair-play" e sentido de partilha, são elas próprias divorciadas dos pais. Passam obrigatoriamente a orfãs, a cuidado do Estado, numa instituição um pouco sinistra onde serão encorajadas a esquecer os paizinhos e, dum modo geral, a tornarem-se homenzinhos o mais depressa possível, mesmo sendo inicialmente do sexo feminino. Miguel Esteves Cardoso in Única

Trazei as crianças que eu já lhes digo (parte 4)

Eis como contra-atacar. Farto de situações em que as crianças tentam sabotar o segundo casamento do pai ou da mãe, tornando-os (não meçamos palavras) em desagradáveis ninhos de conflitos, surgiu-se-me uma possível solução, que muito contribuiria para reduzir o poder tirânico das criancinhas e restituir o adulto descanso que tanta falta faz à vida moderna. É ou não preciso acabar de vez com os dramas sórdidos e os horrendos contos infantis e romances portugueses contemporâneos sobre padrastos e madrastas que invariavelmente se embebedam numa noite de tempestade e, a seus belprazeres, sem dó nem ré, violam ou esfaqueiam os enteados e as enteadas? Miguel Esteves Cardoso in Única Se a vida real fosse de facto agradável não existiam livros sobre isso, o pior é que já enjoam as contagens de historietas contemporâneas em que nos aborrecem com acontecimentos do dia-a-dia. Se eu quisesse ler a minha vida não lia um livro. Sou filha de pais separados, sou feliz. Não gosto da minha madrasta, mas ...

Trazei as crianças que eu já lhes digo (PARTE 3)

Não sei o que aconteceu mas, quando fiz 40 anos, por uma estranha reversão matemática não desrelacionada com os fenómenos das capicuas nos bilhetes de eléctrico, essa idade ideal para as mulheres tinha passado para 14, conforme ilustrado pelas mais finas e venerandas manequins da altura. E hoje é escusado lembrar, diante das escandaleiras mais recentes e das últimas tendências publicitárias, que a adolescência já cheira a bafio e que mesmo nas raparigas e nos rapazes de 14 anos já vão pesando, no mínimo, uns seis ou sete anos a mais. Miguel Esteves Cardoso in Única Ai homem!