Falava-me há pouco das cintas de promoção e das figuras em k-line. Há uns anos o editor era uma pessoa apenas preocupada com o conteúdo pragmático da sua editora e a escolha dos livros. Hoje, assiste-se dentro das editoras, a uma preocupação com as áreas de gestão e marketing paralelamente à parte editorial. Como é que comenta esse cenário? Eu acho que isso é necessário, as editoras que têm um determinado número de funcionários necessitam de xis títulos (50, 100 ou 200) por ano. Se não estiverem organizadas a esse nível, com toda a lógica das empresas, obviamente que não têm vida. Agora, eu digo como os surrealistas: "nós não simpatizamos com a polícia, com o exército, com os padres, mas entendemos que eles são necessários a esta sociedade, com a qual igualmente não simpatizamos". Eu entendo que essas editoras precisem de tudo isso, mas não simpatizo com isso, isso não me diz nada. Aqui, trabalhamos de outra maneira, não há departamentos, não há directores... há três pessoas,...